10 curiosidades sobre a saúde bucal

Não tem como pensarmos em saúde e bem estar físico, sem antes nos preocuparmos com a saúde bucal. Desde a infância somos motivados a escovar os dentes para evitar cárie e deixarmos o sorriso branquinho, no entanto quando pensamos em saúde bucal ela vai muito além de uma simples escovação. 

O hábito de usar fio dental e higienizar os dentes após nos alimentarmos, parece não ser uma preocupação para muitos brasileiros, mesmo nos dias atuais. Foi o que nos mostrou a pesquisa realizada no último IBGE. Onde 89% dos brasileiros escovam os dentes menos de 2 vezes ao dia e o fio dental é usado por menos de 53% da população. 

Esses dados são preocupantes, pois além dos prejuízos nos dentes, como a perda dentária, a falta de higienização oral causa danos à saúde do organismo como um todo.

Quando somos negligentes com a saúde bucal, estamos permitindo que o nosso corpo fique exposto a bactérias e germes que causam doenças não apenas na boca, mas em nosso órgãos e que resultam em enfermidades graves, no sistema respiratório, cardiovascular e também no sistema digestivo.

Então, ter uma rotina de exercícios físicos e alimentação equilibrada é tão importante quanto a higienização completa da cavidade oral para uma vida mais saudável. 

Pensando nisso, separamos 10 curiosidades sobre saúde bucal que provavelmente você não saiba, mas precisa e muito saber.

1- O que é e qual o motivo da primeira dentição (dentes de leite)

Os dentes de leite conhecidos popularmente, possuem o nome técnico de dentes decíduos ou dentição temporária. Mas quem nunca se perguntou o porquê dos dentes decíduos serem chamados por todos como “dente de leite”? 

A resposta é mais simples do que pensamos, a primeira dentição possui uma cor bem mais branca que os dentes permanentes, além disso uma textura mais frágil, características que lembram o leite, daí a denominação popular. Eles existem com diversos propósitos, por exemplo: 

  • Permitem que as crianças possam mastigar os alimentos antes da idade cronológica do nascimento dos dentes definitivos. 
  • Permitem a formação da musculatura fundamental para o recebimento da dentição permanente.
  • E mesmo que a criança nasça sem os dentinhos, eles já estão lá, só esperando para sair pelas gengivas.

2- Do que os dentes são feitos? 

Os dentes são considerados a parte mais dura do corpo humano, e são constituídos por cálcio, fósforo, colágeno e outros minerais, o que os diferenciam dos ossos, apesar de duros e brancos. 

3- Qual a importância da raiz dos dentes? 

A raiz do dente possui a função primordial de conectar o dente ao restante do corpo, da mesma forma que a raiz de uma árvore, aderindo o dente ao osso e se ramificando dentro dele em forma de canais. Infelizmente qualquer alteração na raiz do dente pode haver o comprometimento de toda a estrutura dental.

4- O que são, como são formadas e os malefícios das cáries? 

A cárie é a  doença que mais ouvimos falar, a conhecemos desde a infância e desde sempre somos estimulados a escovar os dentes para evitá-la. Ela é considerada uma doença multifatorial, ou seja, para desenvolvê-la é preciso a presença de microorganismos específicos, uma dieta rica em carboidratos, e uma higienização precária. Causas que possuem a consequência de um processo de desmineralização dos dentes. 

Os restos alimentares, o acúmulo de bactérias e a formação ácida a partir da ação desses microorganismos, corrói a estrutura dentária. Se não tratada rapidamente, a doença vai se tornando cada vez mais profunda, podendo atingir a polpa dentária e a necessidade do tão temido tratamento de canal para eliminar a infecção. 

5- A importância da escovação diária e sua recomendação

Escovar os dentes após as refeições é a principal indicação dos Cirurgiões-dentistas para evitarmos complicações na saúde  da boca e do restante do corpo. 

Para essa missão, é importante conversarmos com o nosso profissional para sabermos o melhor tipo de escova e não errarmos na hora da higienização. Existem dezenas de tipos, mas de forma geral, são as mais indicadas as que possuem a cabeça pequena, macia e com o maior número de cerdas possíveis, características que facilitam a higienização em lugares mais difíceis dos dentes, porém é claro, nunca deixarmos de lado o uso do fio dental. 

6- Como passar o fio dental corretamente e a recomendação diária de uso

Usar o fio dental diariamente é altamente recomendável para a higienização de áreas em que a escova não consegue chegar, por exemplo embaixo da gengiva e entre os dentes. Para usá-lo corretamente, preste atenção na técnica seguinte: 

  • Enrole cerca de 30 cm de fio dental em seus dedos médios, deixando uma quantidade de cerca de 10 cm entre os dedos. 
  • Segurando o fio dental, passe entre os dentes. No sentido de retirar os restos alimentares para fora, nunca em sentido contrário 
  • Passe o fio além da junção dente-gengiva. 
  • Uma parte nova do fio dental deverá ser escolhida a cada troca de dente. 

Os fios dentais mais indicados são aqueles feitos de Fio de nylon (ou multifilamento) Fio PTFE (monofilamento).

7- Tipos de escova dental e qual escolher

São tantas opções nas prateleiras do supermercado e da farmácia que ficamos em dúvida qual deveremos comprar. Por isso, listamos os principais tipos de escovas e as suas indicações, porém em caso de dúvidas não esqueça de perguntar ao seu dentista qual ele considera melhor para o seu caso, ok?

  • Escova manual: A escova que conhecemos e usamos, a sua principal recomendação é que seja com a cabeça arredondada e cerdas macias.
  • Escova a pilha: Neste caso, as cerdas podem ser substituídas por outras mais novas quando desgastadas. Mesmo que ela vibre, também é preciso fazer o movimento como a escova manual, uma vez que a escova a pilha não consegue fazer o movimento rotatório de limpeza. 
  • Escova elétrica: Além de proporcionar a remoção de grande parte da placa bacteriana, a escova elétrica oferece muitos outros recursos, como por exemplo, maneiras específicas de escovação para os dentes sensíveis, vantagens para os dentes clareados e massagem na gengiva são alguns deles. 

8- O impacto da má alimentação na saúde bucal

Como sabemos o açúcar em excesso é o vilão da saúde bucal, mas o que muitas pessoas não sabem é que ele não é o único. Uma alimentação baseada em comidas industrializadas e com grande quantidade de sódio, não é bem-vinda ao nosso organismo pois não fornece os nutrientes essenciais para uma boa saúde, não só do corpo como bucal. Além disso, devemos maneirar no consumo de álcool, café e refrigerante. 

9- Os enxaguantes bucais realmente funcionam? 

A resposta é: depende. O uso e a comercialização do enxaguatório bucal tornou-se uma prática bastante comum, porém sem muita orientação. Os bochechos são eficazes, mas apenas para pacientes portadores de doenças periodontais, cáries e dentes sensíveis. Pessoas que não possuem estas características, não precisam utilizar o enxaguatório pois a atividade do produto é nula, mesmo utilizando várias vezes ao dia.

Mas para isso, consulte o seu dentista de confiança para que ele possa dizer se para você é ou não é necessário o uso do enxaguante bucal.

10- A ansiedade e o estresse no impacto da saúde bucal 

Infelizmente há alguns estudos que relacionam o estresse à doenças bucais. O estresse pode ocasionar uma doença chamada gengivite, basicamente é uma inflamação gengival, com sangramento e mau hálito, ocasionada pelo acúmulo de placa bacteriana devido a má higiene oral, sistema imunológico afetado e diminuição da produção de saliva. 

Além disso, a ansiedade é uma das principais causas de apertamento dos dentes e também do bruxismo. O que pode levar ao desgaste ou deslocamento das articulações temporomandibulares, causando a DTM (disfunção teporomandibular).

Por isso tenha sempre uma rotina saudável através da boa alimentação, prática de exercícios físicos, higienização oral completa e noites bem dormidas. 

Veja quais são os fatores que podem levar a má oclusão dentária, clicando aqui.

Conclusão

Uma última curiosidade é a que não devemos esperar 6 meses para voltamos ao dentista, pois cada caso é um caso específico, talvez o seu caso necessite de consultas mais regulares, por isso respeite as orientações do seu profissional e os retornos agendados, ou então, se ainda não possui um dentista, agende a sua visita agora mesmo, já que deixar o compromisso com saúde bucal para depois não é uma opção! 

Importante: O texto acima não elimina uma avaliação odontológica, por isso consulte o seu dentista para que ela seja realizada atendendo às suas reais e atuais necessidades.