Você conhece os benefícios da cirurgia ortognática?

A cirurgia ortognática é uma técnica reparadora da odontologia indicada para a correção do posicionamento do queixo, a fim de devolver ao paciente estética e funcionalidade.

Algumas alterações faciais podem ser tratadas, através de procedimentos ortodônticos, no entanto outros quadros clínicos, quando a má oclusão é causada por problemas ósseos, podem necessitar da cirúrgia ortognática. Sendo inúmeros os benefícios desta intervenção – com melhorias diretas na qualidade de vida e na auto estima.

Uma curiosidade bastante interessante da cirurgia ortognática é que os países mudam a sua conduta em busca da melhor técnica, por exemplo no Brasil, Europa e Estados Unidos a ortodontia é empregada antes e após a cirurgia. Já nos países orientais, como Japão e Coréia do Sul, os profissionais recomendam a realização da cirúrgia prévia, antes da ortodontia. A discussão é que no nosso país, o tratamento fica mais longo, porém a cirurgia se torna muito mais segura, acontecendo o oposto no Japão e Coréia do sul.

São diversos tipos de cirurgias ortognáticas, a depender da condição clínica do paciente, como em casos que a má oclusão é causada porque a mandíbula está mais a posterior, ou nos casos em que o desejo é projetar a mandíbula para frente, em ambos os tipos, geralmente o paciente fica em operação por cerca 4 horas.

Também podemos dizer que as cirurgias se classificam conforme a posição do maxilar e dos dente:

Prescrição cirúrgica e classificação das ortognáticas

A prescrição cirúrgica da cirurgia ortognática é realizada por meio do posicionamento da arcada dentária superior em relação à inferior, sendo denominadas de classe 2 ou 3:

1- Cirurgia ortognática classe 2

É recomendada para os casos em que o maxilar de cima está posicionado muito à frente dos dentes de baixo;

2-Cirurgia ortognática classe 3

É utilizada para corrigir casos em que os dentes de baixo ficam muito projetados superando os de cima.

Existe ainda a classe 1, mas ela designa a posição correta dos maxilares – sendo cirúrgico apenas os de classe 2 e 3.

Paciente de cirurgia ortognática – Dr. Jesus Saavedra

Quando a cirúrgia ortognática é indicada?

Algumas alterações faciais que sofrem interferência da cirúrgia ortognática:

1- Maxilar posicionado de forma inadequada devido ao crescimento facial;
2- Alterações de mordida; Leia mais sobre o assunto na matéria sobre Má Oclusão, clicando aqui.
3- Deformidades dentofaciais;
4- Queixo prognático – projetado para a frente, denominando-se classe 3;
5- Retrusão mandibular (queixo retrógrado ou classe II).

Como é feita a Cirurgia Ortognática?

Vamos falar da técnica utilizada em nosso país, a cirurgia ortognática deverá passar pelas etapas:

1- Tratamento ortodôntico visando a correção do posicionamento dental o máximo possível. Normalmente a indicação de uso é cerca de 2 anos, uma etapa fundamental para o sucesso cirúrgico.
2- Ao finalizar a etapa do uso de aparelhos ortodônticos, o paciente passará por uma simulação cirúrgica, para que seja possível a visualização prévia do resultado.
3- Na terceira etapa, a cirurgia é planejada e feita em um hospital, durando cerca de 4 horas, sob anestesia geral. O procedimento não deixa cicatrizes externas e os benéficos da autoestima e funcionalidade são excelentes.

O pós-operatório é um pouco demorado, por isso é preciso paciência. Normalmente, logo após a cirurgia, o paciente nota edemas e pode possuir dificuldade de se alimentar.
A recomendação para a alimentação é na consistência líquida/pastosa e sessões de fisioterapia. A recuperação, basicamente, dura cerca de 1 mês e os resultados definitivos podem ser observados em 3 meses, mas dependerá da conduta do paciente como higiene bucal adequada e medicação por anti-inflamatórios e analgésicos, além do acompanhamento com o ortodontista e o cirurgião bucomaxilo.

Visite o seu dentista regularmente!

Os benefícios da cirúrgia ortognática são inúmeros, mas se você não visitar o dentista frequentemente poderá atrasar a recuperação da sua saúde oral e estética. Por isso, agende a sua avaliação e verifique com um profissional de sua confiança o melhor tratamento para o seu quadro clínico.

Importante: O texto acima não elimina uma avaliação odontológica, por isso consulte o seu dentista para que ela seja realizada atendendo às suas reais e atuais necessidades.